Ampliando a minha consciência do evangelho. (esboço)

Gl 1. 6-9

I.            INTRODUÇÃO.

1.     Minha mensagem de hoje é um tanto irada. Mas não é irada contra você como gente simples, enquanto ovelha do rebanho de Jesus. Porém, é contra aqueles que querem pregar um “outro evangelho”, contra aqueles que distorcem o evangelho da graça de Deus.

2.    Hoje falarei algumas coisas que talvez choquem algumas pessoas. No entanto, nada que atrapalhará a sua vida, ao contrário, o meu propósito é que você amplie ou corrija o seu entendimento do que seja o evangelho.

3.    Muitos crentes estão aprisionados em um sistema religioso pensando que estão servindo a Deus, mas não estão. E, não estou me referindo à macumbaria, idolatria, espiritismo ou coisas do gênero; estou me referindo à gente de igrejas “evangélicas”, que apesar do termo (evangélico) não carregam em si a qualidade do evangelho.

4.    Paulo escreve a carta aos gálatas condenando toda e qualquer distorção do evangelho.

5.    O que tem acontecido nos dias de hoje?

  

II.         DESFAZENDO OS MITOS DO QUE SUPOSTAMENTE DIZEM SER O EVANGELHO.

Uma boa maneira de entender alguma coisa é primeiramente definir o que aquilo não é:

1.     O evangelho não é fazer proselitismo. O crente confundem evangelho, evangelismo e proselitismo. Evangelismo é anunciar o evangelho e proselitismo é anunciar a programação de sua “igreja”. A maioria somente proselitizam.

2.    Não é uma programação. As igrejas vivem basicamente de programações, poucos pastores se arriscam a desnudar suas congregações de programas “atrativos” porque sabem que a maioria das pessoas precisam da fantasia religiosa para se manter na “igreja”. Somente os discípulos de Cristo conseguem viver a simplicidade do evangelho.

3.    Não é uma estratégia. O evangelho não é um modismo, não é uma nova filosofia de vida moderna solta e descomprometida dos valores ensinados por Jesus.

4.    Não é um show gospel. Show gospel é entretenimento e evangelho é vida. Nada contra qualquer tipo de entretenimento, salvo algumas exceções, porém, cada coisa precisa ficar no seu devido lugar.

5.    Não é participar de uma igreja evangélica. Muitos participam de uma igreja evangélica, mas poucos vivem realmente o evangelho. Não vivem o evangelho porque não entendem, não entendem porque ninguém os ensina e, ninguém os ensina porque seus líderes não sabem também ou pior, não tem interesse algum em ensinar.

6.    Não é um monte de regrinhas. O evangelho não é viver escravizado a uma série de regras que gera culpa e uma constante sensação de que Deus te odeia. Não obstante, o evangelho é liberdade, liberdade inclusive da religião e de suas regras opressoras.

7.    Não é teologia nem um corpo de doutrinas. Tem gente que pensa que o evangelho é um conjunto complexo de teologia ou ensinamento.

8.    Não é o culto nem uma liturgia.

9.    Não é uma religião. O evangelho é a antítese da religião. Religião é barganha, é um jogo de troca e, o evangelho é graça.

10. Não é um sofrimento, mas alivio é esperança para os que sofrem.

11.  Não é o reino de Deus, é a mensagem do reino, dos valores do reino e dos princípios do reino.

12. Não é a Igreja. A Igreja é o povo de Deus, gente que foi alcançada pelo evangelho e que precisa entendê-lo para vivê-lo.

13. Não é ter nome de crente. No mundo moderno os crentes não gostam de ser chamados de crente, porque dizem que até o diabo é “crente”. Eles gostam de ser chamados de evangélicos. O problema é que ser evangélico biblicamente falando é carregar em si as qualidades do evangelho e, poucos crentes tem essa característica. Na verdade, os verdadeiros crentes em Jesus não estão se sentindo mais à vontade em ser chamado de evangélico.

III.      DISTORÇÕES DO EVANGELHO.

Que “outro evangelho” estranho tem sido anunciado pela “igreja evangélica” em muitos púlpitos?

1.     O outro evangelho do domínio do controle e do autoritarismo sobre gente.

2.    O outro evangelho do abuso e da exploração em nome da honra.

3.    O outro evangelho dos velhos rudimentos da Lei e dos textos veterotestamentário que líderes gananciosos usam para se favorecer.

4.    O outro evangelho da autopromoção, do estrelismo, das celebridades e do culto ao EU.

5.  O outro evangelho da teologia da prosperidade com seu mecanismo de barganha  e manipulação.

5.    O outro evangelho do oba-oba. E o que mais eu poderia citar?

IV.         RECONSTRUINDO O CONCEITO DE EVANGELHO A PARTIR DA BÍBLIA.

O Novo Testamento descreve o evangelho como:

1.     Evangelho de Cristo.

2.    Evangelho de Deus.

3.    Evangelho da salvação.

4.    Evangelho da paz.

5.    Evangelho da glória de Deus.

6.    Evangelho eterno.

7.    Evangelho do reino.

8.    Evangelho de Jesus Cristo.

9.    Evangelho da graça de Deus.

10. Evangelho do reino de Deus.

11.  Evangelho da glória de Cristo.

12. Poder de Deus para salvação de todo aquele que crê.

V.            CONCLUSÃO.

Resumindo toda essa construção do conceito de evangelho em uma frase, recorro a Caio Fábio em sua definição: O evangelho é a certeza de que Deus estava em Cristo se reconciliando com o mundo.