A
Bíblia pouco fala a respeito do estado intermediário, mas o que nela
encontramos é suficientemente claro. Entretanto, permanecem sem solução muitos
problemas que a curiosidade humana sugere.
Vejamos
então o que diz as Escrituras sobre o estado intermediário e sobre a condição
do crente e do ímpio nele. A Bíblia ensina claramente que o homem não recebe o
seu corpo logo após a morte física, e que o estado intermediário é aquele que
vai da morte até a ressurreição, isto é, o estado em que o espirito esta sem o
corpo.
Vejamos
o ensino bíblico sobre a morada no além – túmulo: A palavra hades, que encontramos no Novo
Testamento, tem o mesmo significado da palavra sheol no Velho Testamento, e do termo além no português. Portanto, após a morte física todos vão para o
além. No livro de atos 2.31 temos um uso geral do termo inferno: “Nesta
previsão, disse da ressurreição de Cristo, que a sua alma não foi deixada no
inferno, nem a sua carne viu a corrupção”. Concluímos então, que o além-túmulo
é um lugar para onde vão todos depois de passarem pela morte do corpo.
A condição do justo no estado
intermediário (além-túmulo).
Vamos
ver alguns textos que falam sobre isto:
Eu
sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó? Ora, Deus não é Deus
dos mortos, mas dos vivos. Mt 22.32
E
aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão;
e morreu também o rico, e foi sepultado. Lc 16.22
E
disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso. Lc
23.43
E
todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto? Jo 11.26
PORQUE
sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de
Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. 2 Co 5.1
Mas
de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo,
porque isto é ainda muito melhor. Fp 1.23
-
Depois da morte física, o crente vai imediatamente para onde se acha Jesus. Não
há nenhuma razão para crermos que haja demora entre a morte do crente e o seu
comparecimento na presença de Deus. Alguns acreditam baseado em depoimentos de
pessoas que alegam terem morrido e voltado, ou de terem experiências de ‘quase
morte’ que haja um espaço curto de tempo em que o espirito da pessoa acompanhe
os acontecimentos em volta da morte de seu corpo. Porém, essa idéia não tem
fundamento bíblico. “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os
anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem
a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do
amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” Rm 8.38,39.
-
O estado do justo é de plena consciência. Depois da morte os justos não ficam
dormindo, mas em pleno gozo de todas as suas faculdades pessoais. Estão mais
acordados, mais vivos do que em qualquer outra época da sua existência.
O
estado dos justos é de muito gozo. Estas são as palavras do apostolo Paulo, que
comprovam esta verdade: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste
tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser
revelada.” Rm 8.18.
-
Notemos finalmente que este estado intermediário não é um estado final, porque
durante o tempo entre a morte e a ressurreição o justo não tem corpo.
Escrevendo aos filipenses, o apóstolo Paulo revela grande desejo de chegar à
ressurreição dos mortos; isto é, àquele dia em que há de receber o seu corpo
glorificado. Embora os justos após a
morte estejam com Jesus, em pleno gozo de todas as suas faculdades e num estado
de felicidade, ainda estão sem corpo. O homem sem corpo não é homem completo. A
ressurreição, portanto, vem fazê-lo completo e por fim no estado intermediário.
Convém saber, que durante todo esse tempo o espirito do crente esta com Deus
nos céus.
A condição do injusto no além-túmulo.
As
passagens que falam da condição do injusto depois da morte não são tão
numerosas quanto as que encontramos a respeito da condição do justo. Porém as
que temos são suficientemente claras para que não reste dúvida alguma sobre o
assunto.
No
Evangelho de Lucas lemos: “E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de
Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos,
estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio.” Lc
16.22,23. E no verso 26 do mesmo capitulo: “E, além disso, está posto um grande
abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não
poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá".
São do apostolo Pedro as palavras que seguem: “Assim, sabe o
Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do
juízo, para serem castigados.” 2 Pe 2.9.
Além
destas passagens que acabamos de citar, temos as que já consideramos em relação
à condição do justo. Destas considerações tiramos as seguintes conclusões:
1.
Que os ímpios
estão no estado intermediário em plena função de suas faculdades.
2.
Que já estão
sofrendo as dores do inferno, porque o ímpio quando fecha os olhos neste mundo,
os abre no inferno. “... e
morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estando
em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio.” Lc 16.22,23.
Opiniões erradas acerca do estado
intermediário.
·
Purgatório. Este é um ensinamento que surgiu na Igreja
Católica Romana, ou que foi inserida no corpo de suas doutrinas. Essa doutrina
ensina que mesmo os mais fieis precisam de um processo de purificação antes de
se tornarem aptos para entrar na eternidade com Deus. Segundo essa doutrina há
pessoas que não estão puras suficientemente para a salvação, mas também não são
pecadores tão sujos para ir para o inferno. Daí, a necessidade de purgarem seus
pecados, de se purificarem para poder entrar no céu. O Novo Testamento,
entretanto, reconhece apenas duas classes de pessoas: as salvas e as não
salvas. O destino de cada um determina-se agora, na vida presente, que é o
tempo da escolha para a eternidade. A escolha é sua (Hb 9.27).
Espiritismo.
O espiritismo ensina que é possível
alguém comunicar-se com o espirito de pessoas mortas, sendo essa comunicação
conseguida por meio de um “médium”. Quanto a isto, precisamos fazer algumas
observações:
1) A Bíblia proíbe, expressamente, consultar
tais “médiuns”; a própria proibição indica a presença do mal e o perigo de tal
prática (Lv 19.31; 20.6, 7; Is 8.19).
2) Os
mortos estão sob o controle de Deus, o Senhor da vida e da morte e,
consequentemente não podem se sujeitar aos médiuns. A passagem que relata o
caso do rico e Lázaro prova que aos mortos não é permitido comunicar-se com os
vivos (Lc 16).
3) Visto que os mortos não podem comunicar-se
com os vivos, concluímos que as manifestações do espiritismo são fenômenos
fraudulentos, resultado de forças psíquicas estranhas, ou mensagens de
espíritos de engano (1Tm 4.1).
Além de tudo, o ensino central do espiritismo
da reencarnação é uma doutrina de demônios, pois nega a necessidade do
julgamento divino (Hb 9.27).
·
Sono da alma. Certos grupos, como os adventistas do sétimo
dia, crêem que a alma permanecerá num estado inconsciente até a ressurreição. É
verdade que a Bíblia descreve a morte do crente como um sono, mas isso em razão
do crente ao falecer, perder a consciência para com o mundo cheio de fadiga e
sofrimento e acordar num reino de paz e felicidade (Is 14. 9-11; Sl 16.10; 2 Co
5.8; Ap 6.9).

Um artigo bom, mas tem umas partes coladas de outros blogs, embora a compilação tenha sido bem feita e com uma linha de raciocínio razoavelmente lógica, na medida em que um assunto desses pode permitir. Em Cristo, Luiz Braga
ResponderExcluirCaro amigo luiz Carlos, paz.
ExcluirObrigado pelo seu elogia. Quanto à sua observação, ela é bem pertinente, sendo que há pouquissimas postagens de terceiros. No entanto, tenho postado ultimamente algumas mensagens e textos de pastores que compartilho de suas ideias. Creio que isto enriquecerá o blog, e estou contando com seus comentários para poder melhorá-lo ainda mais.
Deus o abençoe.