continuação da parte IV
5ª MINISTRAÇÃO
Efésios 4. 11 e 12
XI. O DOM DE APOSTOLO
Num certo sentido este dom passou, morreu com os apóstolos originais de Jesus.
Se entendermos o apóstolo como alguém que fala em nome de Cristo, com sua autoridade, então, neste sentido, o apostolado já não existe.
Nenhum homem de Deus, por mais santo e usado que seja, pode falar com a mesma autoridade que a qual Pedro, Paulo, Tiago, João e outros falavam. Eles tinham um comissionamento explícito, dado pessoalmente por Jesus, para falar em nome dele.
Em suma: não há mais apóstolos trazendo palavra ou revelação nova. Nesse aspecto o dom desapareceu. Contudo, no sentido do termo, esse ministério não terminou.
Neste ponto cabe a pergunta: o que significa ser apóstolo hoje?
· O dom apostólico em nosso tempo é caracterizado pelo exercício de autoridade e liderança sobre um certo número de igrejas. É isso que depreendemos do ministério apostólico de Paulo. II Coríntios 10:13-14,
· uma outra característica do ministério apostólico está em Romanos 15:20, onde Paulo afirma seu pioneirismo. Assim, apóstolo é alguém que anuncia o evangelho onde ele ainda não chegou: “esforçando-me deste modo por pregar o evangelho, não onde Cristo já fora pregado” II Coríntios 10:16
· A última característica do ministério apostólico é que ele possui especial autoridade espiritual. II Coríntios 10:8. Essa autoridade não é para estabelecer fundamentos doutrinários.
· Apóstolo, portanto, é alguém eu exerce autoridade, lidera um certo número de igrejas; tem, enfim, um campo de trabalho maior do que o comum; manifesta sinais especiais no seu ministério, é pioneiro no que faz e possui grande autoridade espiritual naquilo que ministra ou empreende.
XII. O DOM DE EVANGELISTA
Este dom diz respeito à capacidade especial de comunicar o evangelho, levar descrentes a Cristo. Em Efésios 4:11 lemos que Deus “concedeu uns para evangelistas (...)” É importante lembrar que a evangelização não é tarefa exclusiva de um grupo de especialistas. Todos, como Corpo de Cristo, temos que mobilizar-nos para a evangelização.
Dentre os exemplos máximos disso temos, o Dr. Billy Graham, que tem uma graça e um talento todo especial para atingir pecadores. Isso porque, do ponto de vista da sua mensagem, nada há de muito especial. Todavia a simplicidade, a convicção e objetividade com que ele a proclama transformam-na num acontecimento explosivo no coração do pecador que o ouve.
Acima de toda consideração sobre o fenômeno da comunicação em relação ao dom de evangelista, o fato marcante se relaciona à realidade da unção de Deus para aquela tarefa. Muitos se comunicam muito bem, mas unção é algo que vai além da boa comunicação. Unção é comunicação feita sob o poder do Espírito Santo.
O dom de evangelista tem aspectos diferentes.
1. Primeiramente, eu acentuaria o dom de evangelismo pessoal.
o evangelista pessoal é dotado da capacidade de transformar churrascos em eventos evangelísticos, jogos de futebol em cultos informais, jantares informais em ceias de salvação. Tudo isso num clima de informalidade e espontaneidade, onde as coisas acontecem sem nenhum tipo de desconforto ou imposição artificial da mensagem.
2. O segundo aspecto relacionado ao dom de evangelista é o evangelismo de massas.
Este aspecto também tem sua fundamentação na Bíblia.
a) Jonas (que levou Nínive à conversão).
b) Pedro (no dia do Pentecoste),
c) Filipe (em Samaria e cidades vizinhas)
d) e sobretudo Jesus (que viveu boa parte de seu ministério com as multidões
O evangelista é um somador no Corpo de Cristo. Digo que ele é somador porque é alguém que adiciona muitos à igreja.
XIII. O DOM DE PASTOR
No N.T. o pastorado é um dom, não apenas uma função eclesiástica oficial. Isso me leva a afirmar que muitos que hoje são chamados pastores não são realmente pastores, na acepção bíblica do termo. E muitos dos que não são pastores (na perspectiva da oficialidade contemporânea do título) na verdade são pastores se forem considerados na perspectiva do dom, conforme o N.T. E por quê? Porque, pastor é hoje um título, um cargo.
Às vezes aquele que é ordenado nem é dotado espiritualmente para ser pastor, se bem que possa ter outros dons. E há muitos na igreja que não são pastores ordenados, mas têm dom e ministério pastoral.
XIV. O DOM DE MINISTÉRIO
Em Romanos 12:7, Paulo diz: “Se você tem o dom de ministério, então dedique-se ao ministério”. A exigência é de dedicação. Significa ajudar os outros em tudo que é necessário, para que certas tarefas sejam feitas para Deus. É dom de apoio. Em algumas ocasiões, o N.T. usa a palavra diácono para o ministro, e diaconia para ministério; exercer diaconia é ajudar, servir, apoiar. São ajudas que se fazem na igreja, no Corpo de Cristo. Daí concluir que todos os seus membros podem ter ministérios.
continua na parte IV
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