DONS ESPIRITUAIS IV

... continuação da parte III

 

I.                   O DOM DE LÍNGUAS

O que é o dom de línguas? Trata-se de falar numa língua estranha, que você não estudou para aprender.

Como é possível falar numa língua nunca aprendida, e fazer isto em louvor a Deus?

O N.T. ensina que essas línguas podem ser compreensíveis ou não. No texto de Atos 2:11 parece que o fenômeno das línguas foi compreensível, porque pessoas de 17 nações, presentes no Pentecoste, ouviam os centos e vinte falar em sua própria língua materna acerca das grandezas de Deus.

O N.T. também ensina que o propósito básico do dom de línguas é edificar. Alguns versículos do capitulo 14 de 1 Co falam sobre isso:

V2. Pois quem fala em outra língua, não fala a homens, senão a Deus, visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios.

V4.     O que fala em outra língua a si mesmo se edifica, mas o que profetiza edifica a igreja.

V16.                       Porque, se eu orar em outra língua, o meu espírito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera. E se tu bendisseres apenas em espírito, como dirá o indouto o amém depois da tua ação de graça? visto que não entende o que dizes.

V18.                       Dou graças a Deus, porque falo em outras línguas mais do que todos vós.

V19.                       Contudo, prefiro falar na igreja cinco palavras com o meu entendimento, para instruir, outros, a falar dez mil palavras em outra língua.

·        A Bíblia é clara; o dom de línguas tem por finalidade a edificação pessoal daquele que ora em linguas. Por isso as línguas só podem ser públicas se houver quem as interprete ─ cap. 14:27-28.

(explicar a diferença entre cultos com visitantes e reuniões de oração entre crentes  apenas)

II.                 O DOM DE INTERPRETAÇÃO

Possuir o dom de interpretação não significa ter capacidade linguística, saber traduzir!

 Paulo diz: se você fala em línguas e deseja edificar a igreja, ore para que possa interpretá-las. Desse modo você compartilha edificação com o povo. Mas quem fala em línguas pode ser interpretado por uma outra pessoa que possua o dom (I Co. 14:27-28).

III.              O DOM DE PROFECIA

É Romanos 12:6 e (outros textos), que fala deste dom. Lá, o apóstolo dá instruções sobre como deve ser utilizado: “Se profecia, seja segundo a proporção da fé”.

O dom de profecia é seguramente o mais problemático que existe. Não exatamente o dom em si, mas o que as pessoas querem fazer dele.

o que é profecia no N.T.? Como acontece?

1.     Ela pode acontecer na vida de alguém através da pregação das Escrituras Sagradas.

É I Coríntios 14:24-25 que diz isso: “Porém, se todos profetizarem, e entrar algum incrédulo, ou indouto, é ele por todos convencido, e por todos julgado; tornam-se-lhe manifestos os segredos do coração, e assim, prostrando-se com a face em terra, adorará a Deus, testemunhando que Deus está de fato no meio de vós”.

Às vezes, na igreja, não levamos muito em consideração a palavra profética, a menos que alguém feche os olhos e diga misteriosamente: “Assim diz o Senhor...” ou, “Deus esta me revelando...”.

Mas independente disso o Senhor está falando, e nós nos negamos a ouvir, em virtude dos nossos jargões e cacoetes.

2.     Também ele pode ser a expressão de uma exortação consoladora.

 Atos 15:32 diz o seguinte: “Judas e Silas, que eram também profetas, consolaram os irmãos com muitos conselhos e os fortaleceram”. Observe como, na mente de Lucas (que foi o escritor de Atos), o ministério profético tinha a ver também com conselho e fortalecimento de irmãos.

3.     Também a profecia pode vir advertindo acerca de alguma ameaça para o povo de Deus no futuro.

isto é, pode ter características preditivas. Não é o mais comum, mas é possível. Observe Atos 21;10,11, onde Ágabo profetiza acerca do futuro de Paulo e sua prisão. Ele fez isto pelo fato de ser profeta. Dessa forma deve-se dizer que o aspecto preditivo da profecia é biblicamente possível, porém, não é a mais importante e nem a mais comum de suas manifestações.

IV.              O DOM DE EXORTAÇÃO

Está em Romanos 12:8 “O que exorta, faça-o com dedicação”.

Não se trata de ficar apontando o dedo; é um aconselhamento espiritual que transmite ânimo e dá resultados.

Um exemplo disto esta em Atos 14:21-22, onde Paulo diz: “E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade, e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio e Antioquia, fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando, que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus”. 

continua na parte V

 No amor daquele que nos deu o dom da graça.

SerraES

14 de dezembro de 2011.